Aqui está um panorama da evolução das aberturas de empresas (MEI, ME, EPP e Demais) desde a criação do MEI:
O regime de Microempreendedor Individual (MEI) foi criado no Brasil em 2008, com o objetivo de formalizar pequenos negócios e trabalhadores autônomos. Desde então, houve um crescimento significativo nas aberturas de empresas, especialmente entre os MEI's, refletindo a importância desse regime para a economia brasileira.
1. Evolução do MEI (2009 - 2023):
2009: O regime foi lançado, e cerca de 20 mil MEI's foram formalizados.
2014: O número de MEIs ultrapassou 4 milhões.
2018: O Brasil alcançou 7 milhões de MEI's registrados.
2023: Há mais de 14 milhões de MEI's ativos, representando uma parte expressiva dos negócios formais no país.
O MEI tem sido a forma preferida de formalização de pequenos negócios e autônomos devido à simplicidade e ao baixo custo de manutenção, sendo uma categoria especialmente importante para setores como o comércio e os serviços.
2. Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) (2009 - 2023):
2009: Aproximadamente 1,7 milhão de microempresas estavam registradas no Brasil.
2014: Esse número chegou a 2,3 milhões, impulsionado pela formalização de mais negócios e o crescimento da economia.
2023: Estima-se que existam mais de 4,1 milhões de ME's e 500 mil EPP's, com forte expansão no setor de serviços.
3. Demais tipos de empresas:
As "demais" empresas incluem sociedades limitadas (Ltda), sociedades anônimas (S.A.) e empresas de maior porte. Esses tipos de empresas têm tido uma evolução mais estável em comparação com as microempresas e os MEI's. Nos últimos anos, muitas empresas maiores foram segmentadas para aproveitar os benefícios fiscais e jurídicos de se enquadrar como ME ou EPP.
Proporção de Aberturas por Tipo de Empresa:
MEI: Representa 76% das novas empresas abertas anualmente desde 2020.
Microempresas (ME): Correspondem a cerca de 20% das novas empresas.
EPP: Em torno de 2-3%.
Demais empresas: 1% ou menos das novas aberturas.
Crescimento ao Longo do Tempo:
O número de novas empresas, especialmente MEI's, teve um salto significativo a partir de 2015, com a crise econômica e a necessidade de alternativas de trabalho.
Em 2020 e 2021, devido à pandemia de COVID-19, o Brasil teve recorde de novas formalizações, com muitos brasileiros recorrendo ao empreendedorismo como solução frente ao desemprego.
Tendências:
O MEI continua a ser o principal mecanismo de formalização de novos negócios, com maior concentração em setores de comércio, serviços pessoais e alimentos.
Microempresas e EPP's também seguem em crescimento, com destaque para empresas ligadas à tecnologia e ao comércio digital.
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